Quero sentir de novo o teu coração
Aquele som vindo do teu peito
Como se o mundo, ali, fosse inteiro
E nada mais houvesse como preocupação.
Tuas mãos acariciando o meu rosto
Dedos longos e finos a passearem em mim
Uma jornada onde bem delineasse um começo
Que fosse sempre e para sempre fosse assim.
Não, meu amor, não haveria preço
Nestes instantes em que somos apenas gozo
É a magia de almas que se entregam cedo
Ao admirável mundo do supremo esforço.
Sob os raios da inquieta lua posta
Eu arfaria como quem correu uma maratona
E você me olha com carinho e depois encosta
A cabeça bem junto ao peito que o ar retoma.
Em silêncio, que viagem gostosa
Por entre mundos que apenas comporta
Nossas ilusões feitas de tanto sentimento
Na amplidão de um só e lindo momento.
Portanto, as nossas reminiscências de amar
É o fogo no crepitar do braseiro
Sem modos de ser e para sempre aceso
Na jornada sem fim pelos caminhos do lembrar.
Ailton São Paulo