Há um
canto estranho no peito
Feito de
maviosos tons
Como
orquestra que com jeito
Assume
inteira todos os sons.
Dizem ser
as batidas apressadas
De um
coração imperfeito e que insiste
Em
desejar amores de outras amadas
Sob
pontes iluminadas por uma lua triste.
Percebem-na
como barulho apenas
No máximo
serenata, nota pequena.
E uma
poesia se revela personificada
Em notas
de uma melodia composta
Que faz reviver aquela esperança outrora morta.
Ailton São Paulo